Agronomia
Fitopatologia
Nas pequenas ou grandes plantações não são raras a ocorrência de pragas ou doenças que causam grandes prejuízos aos agricultores. Para evitar percas maiores os agricultores usam técnicas e conhecimentos fitopatológicos mantendo assim o controle de suas plantações.
Nesta postagem vamos falar de uma doença que assola muitas plantações especialmente as de fruta pêssego, trata-se da podridão parda.
Etiologia
Nomes comuns da doença:
Podridão parda
podridão-dos-frutos
Agente casual
Monilinia fructicola (G. Winter) Honey
Monilinia laxa (Aderhold et Ruhland) Honey
Biologia do patogeno
No Brasil a podridão-parda é causada pelo fungo Monilinia fruticola, porém em outros países da América do Sul e do Norte esta doença também pode ter como agente causal fungos da espécie M. laxa e na Europa fungos das espécies M. laxa e M. fructigena. Estes patógenos pertencem à Classe dos Discomycetes, ascomicetos que produzem apotécio na sua forma sexual. Os apotécios formam de esporos sexuais, os ascósporos, no interior de uma estrutura denominada asco. Este fungo também produz escleródios bem desenvolvidos e conídios na sua fase assexuada.
Importância da doença
A podridão-parda é a doença de pessegueiro mais importante no Brasil, podendo causar sérios danos atacando ramos, flores e principalmente frutos, diminuindo consideravelmente a quantidade e qualidade da produção.
Sintomatologia
Os sintomas iniciais em infecções de flores são necroses das anteras, prosseguindo para o ovário e pedúnculo. As infecções podem se estender internamente até o ramo, resultando no desenvolvimento de cancros, anelando-o e conseqüentemente ocasionando a morte da parte terminal. Flores infectadas murcham, tornam-se marrons e fixadas ao ramo por uma goma exsudada. Na fase de pré-colheita, frutos infectados apresentam lesões pequenas pardacentas, com aspecto encharcado que evoluem para manchas marrons. Frutificações acinzentadas das estruturas do patógeno são facilmente vistas no campo, sobre a podridão. Com o passar do tempo os frutos infectados tornam-se completamente cobertos de esporos, que contribuem com inóculo para novas infecções no pomar. Infecções quiescentes podem ocorrer nos frutos verdes. Os frutos maduros depois de colonizados desidratam-se, ficando mumificados e presos à planta ou caem sobre o solo.
Ciclo da doença e Epidemiologia
A sobrevivência do fungo de uma safra para outra ocorre nas múmias, pedúnculos, flores murchas e cancros. Sob certas condições os escleródios do fungo são formados e germinam formando apotécios onde são produzidos os ascos. Por meio desta estrutura, os ascósporos são projetados e disseminados pelo vento. Os conídios são provenientes das podridões em ramos e frutos doentes, sendo estes disseminados via vento, água e insetos, se constituindo em uma importante fonte de inóculo. As fases de maiorsuscetibilidade do pessegueiro à podridão parda são a floração e pré-colheita. O fungo pode infectar as flores, ramos e frutos na pré e pós-colheita. A penetração se dá através dos órgãos florais e frutos diretamente pela cutícula ou ferimentos. Frutos maduros infectados pelo patógeno podem apresentar podridão visível dentro de 48 horas. A epidemia da podridão parda é favorecida por temperaturas de 25°C e umidade acima de 80%. Um período de no mínimo 18 horas a 10°C e 5 horas a 25°C é necessário para a ocorrência de infecção. A podridão parda na colheita e após a colheita, durante a estocagem dos frutos e transporte ao mercado, constituem as fases mais importantes em termos epidemiológicos e econômicos.
Práticas de manejo
Como práticas de manejo da doença sugeres-se a poda de limpeza de inverno, adubação mineral equilibrada e queima de ramos doentes, capulhos florais e frutos mumificados. Comocontrole químico recomenda-se o uso de fungicidas na florada, iniciando as aplicações quando aparecerem os sinais da doença e repetir a cada 7 a 10 dias. Também é importante o controle de insetos disseminadores do fungo, que são mosca das frutas, afídeos, entre outros, que deve ser realizado desde o desenvolvimento dos frutos até a colheita. Como controle pós-colheita deve-se evitar o manuseio de frutos infectados, para não disseminar o fungo para frutos sadios utilizar recipientes novos ou tratados na colheita e resfriar os frutos logo após a colheita. Não há registros de cultivares resistentes.
Fonte de pesquisa:
Fitopatologia.net
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