Agronomia
Capim Elefante Paraíso (Pennisetum hybridum)
O híbrido inter-específico capim elefante Paraíso é o resultado do cruzamento do milheto (Pennisetum glaucum (L) R.Br) com o capim elefante (Pennisetum purpureum Schum), (HANNA et al., 1984).
Este cruzamento combinou a qualidade do milheto com o potencial de alta produção de matéria seca do capim elefante. Na realidade a obtenção do híbrido fértil não é simples como apresentado. Este híbrido obtido é estéril (triplóide-n) e para torná-lo fértil (reprodução sexuada), ou seja, hexaplóide (6n) usou-se se a Colcichina com o fim de dobrar o número de cromossomos. Portanto, o capim elefante Paraíso é um capim híbrido hexaplóide e que se multiplica pôr sementes (MACOON, 1992).
O capim elefante híbrido foi introduzido no Brasil em 1995, pelo Engenheiro Agrônomo Herbert Vilela através da Empresa Matsuda. Desta data, até a presente, têm sido feitos trabalhos intensos de pesquisa sobre melhoramento genético, fisiologia vegetal, valor nutritivo da matéria seca, adaptação aos solos brasileiros, respostas a níveis de nitrogênio, fósforo, potássio e irrigação; e métodos de conservação da forragem produzida, pela equipe de pesquisadores da Matsuda Genética, nas áreas experimentais da Empresa, Universidades e Estações Experimentais.
O nome Paraíso trata-se de uma homenagem ao Município de São Sebastião do Paraíso onde foi introduzido o capim, em 1995.
II - Persistência
O capim elefante Paraíso é perene. A planta acumula reservas na forma de carboidratos (amido) nos rizomas até o final do outono, o que favorece a sua persistência. Entretanto, cortes contínuos, a intervalos de 28 dias, reduz o vigor das rebrotas até sua completa exaustão das reservas (VILELA et al., 1997).
Plantas cortadas duas vezes pôr ano apresentam a mesma reserva nos rizomas do que aquelas não cortadas (DIZ et al., 1994). A persistência é uma característica desejável para a produção de sementes neste cultivar, uma vez que a planta pode ser cortada para essa fim durante muitos anos. DIZ et al., (1994) obteve pôr seleção, ótimos genótipos que mostraram boa persistência em vigor adequado pôr vários anos após o estabelecimento.
A sobrevivência após corte variou de 88 a 100%, no decorrer do trabalho. SCHANK et al., (1989) verificaram que este híbrido tolera temperaturas muito baixas (-18ºC). Verificaram que após esta condição de estresse térmico, 27% das plantas retiveram todas as folhas, enquanto 35% das plantas não retiveram nenhuma folha, mas não morreram. As demais plantas retiveram 50% das folhas.
Os trabalhos iniciais com esta planta foram aqueles referentes a seção massal. Procurou-se eliminar os indivíduos que estavam fora do padrão fenotípico dominante da população.
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