Os preços da soja fecharam no nível mais alto em duas semanas na Bolsa de Chicago por causa da persistente estiagem nas áreas produtoras da Argentina e do Sul do Brasil. O contrato março da oleaginosa subiu 2,57%, cotado a US$ 12,1750 por bushel. As chuvas que atingiram ambas as regiões durante o fim de semana não foram suficientes para afastar as preocupações com a perda de produtividade. A maior preocupação gira em torno da produção argentina. Ontem, o Ministério de Agricultura do país reduziu a estimativa da safra 2011/12 para 48,9 milhões de toneladas, de uma previsão inicial entre 52 milhões e 53 milhões de t. Na temporada anterior a Argentina colheu 49 milhões de t. A produção de milho local tem sido ainda mais afetada pela seca. De uma previsão inicial de 30 milhões, o governo argentino agora espera apenas 23 milhões de t. Na safra anterior, 22,5 milhões de toneladas de milho foram colhidas. O país é o segundo maior exportador mundial do grão, atrás dos Estados Unidos e o terceiro em soja, depois de EUA e Brasil. Em Nova York, a cotação do suco de laranja bateu recorde de 219,95 centavos de dólar por libra-peso (+4,41%), diante das incertezas em torno das importações do produto do Brasil. Caso o governo americano proíba as compras de suco brasileiro por causa da presença de traços do fungicida carbendazim, os EUA podem registrar déficit do produto. "A Flórida não produz suco suficiente para abastecer o país", disse à agência Dow Jones, James Cordier, do Liberty Trading Group. |