Uma ação que une Serviço Florestal Brasileiro, Fundação Roberto Marinho, Fundo Vale e outras instituições vai difundir informações sobre a importância do manejo de florestas e capacitará profissionais para atuar no setor por meio do projeto Educação para o Manejo Florestal.
A iniciativa surgiu com o objetivo de aumentar a oferta de profissionais qualificados na Amazônia para trabalhar com a extração sustentável de madeira e de produtos não madeireiros. Estima-se que, em curto prazo, sejam necessários pelo menos 10 mil trabalhadores treinados para essas atividades.
"A demanda por profissionais qualificados para o manejo na Amazônia é grande e tende a aumentar com as concessões e com o manejo florestal comunitário", afirma o diretor-geral do Serviço Florestal, Antônio Carlos Hummel.
Existem mais de 1 milhão de hectares em diferentes estágios do processo de concessão na Amazônia, mas a expectativa é chegar a 10 milhões de hectares nos próximos anos. Nessas áreas em que haverá o uso sustentável da floresta, será necessário contratar funcionários, principalmente locais. Mais de 80% da mão de obra das concessões têm sido recrutada nos municípios onde está a área concedida.
Na terça-feira, 5, um encontro em Belém (PA) promovido pela Fundação Roberto Marinho e pelo Fundo Vale reuniu governo e entidades ligadas ao manejo para discutir as perspectivas do mercado florestal e recolher recomendações para o projeto de educação para o manejo.
ENSINO - A ideia do projeto é usar a metodologia dos telecursos da Fundação Roberto Marinho para tratar do manejo em escolas da região Norte e, assim, despertar vocações e mostrar as possibilidades profissionais em atividades sustentáveis na floresta.
Além do ensino à distância, está previsto o treinamento em campo de extensionistas para difundir as técnicas do manejo entre comunidades. Com esta ação, o projeto pretende aumentar o número desses trabalhadores na região Norte. Segundo dados de 2006, foram formados menos de 60 técnicos florestais na Amazônia.
Os benefícios da qualificação profissional tendem a se refletir na eficiência do trabalho na floresta. Um motosserrista com qualificação, por exemplo, saberá como fazer o corte com o maior aproveitamento do volume de madeira e, para isso, usará técnicas que aumentam a sua própria segurança na hora de realizar a extração,. "Um profissional treinado aumenta o rendimento da atividade florestal e, por consequência, diminui a pressão sobre o recurso florestal", afirma Hummel.
A previsão é de que o projeto Educação para o Manejo Florestal tenha início ainda em 2011 com apoio do Fundo Vale, que atua em parceria com instituições públicas e organizações do terceiro setor em ações estruturantes e transformadoras, que conciliem conservação e uso sustentável dos recursos naturais.
FONTE: http://www.ciflorestas.com.br/conteudo.php?id=5164