O documento, intitulado Who is Winning the Clean Energy Race (“Quem Está Ganhando a Corrida da Energia Limpa”), destacou os investimentos do Brasil em energia eólica, superando a produção de 1 gigawatt em 2011, suficiente para abastecer 750 mil casas. O setor ainda deve se desenvolver nos próximos anos, segundo o Pew. O documento ainda aponta que o País registrou a terceira maior taxa de crescimento no setor nos últimos cinco anos entre os países do G20.
Segundo o relatório, as nações do G20 são responsáveis por 95% dos recursos destinados a este setor. Com este crescimento, foram gerados mais 83,5 gigawatts com energia limpa — sendo 30 Gw em energia solar e 43 Gw com a eólica. No ano passado, o investimento global foi de US$ 263 bilhões: um índice recorde, e 6,5% maior do que em 2010.
“O setor continua em expansão e está superando o crescimento da economia global”, comemora Phyllis Cuttino, diretora da Pew Charitable Trusts. “Agora temos uma capacidade de geração de energia instalada de 565 Gw, 47% maior do que a da energia nuclear. Fica, então, muito claro que não estamos tratando apenas de um nicho”.
De acordo com Cuttino, os Estados Unidos foram beneficiados com investimentos a curto prazo, mas esta abundância não deve se sustentar por muito tempo. “Os investidores correram para se aproveitar de políticas, como incentivos fiscais e garantias de empréstimo, que expiraram no fim do ano passado. Quando vemos a rápida taxa de crescimento dos EUA, é difícil imaginar como ela poderá ser mantida sem os mecanismos políticos que estão em sua origem”, explica a diretora da Pew, que enxerga sinais sugerindo uma queda nos investimentos em energia limpa, devido à “incerteza política” global.
O freio chinês seria resultado do amadurecimento do setor. O país, no entanto, continuará atraindo a atenção da comunidade internacional. A China tinha como meta gerar 20 Gw com energia solar até 2020. Agora, espera que este índice chegue, no mesmo prazo, a 50 Gw.
“O investimento em energias limpas – sem incluir os setores de pesquisa e desenvolvimento – cresceu 600% desde 2004, com base nas políticas nacionais que criaram estabilidade no mercado”, afirma Cuttino. “Esse aumento é importante porque significa inovação, comercialização e instalação de tecnologias que criam oportunidades para todos os setores do mercado”.